Instituto Butantan dá mais um
passo no combate ao câncer de pele
Eles comemoram os resultados dos testes com uma toxina que mata
células cancerígenas. A substância controlou a doença em ratos de laboratório.
Pesquisadores
do Instituto Butantan, em São Paulo, deram mais um passo nas pesquisas para
combater o câncer de pele.
Eles
estão comemorando os resultados dos testes feitos com uma toxina mata células
cancerígenas. A substância encontrada no veneno da cascavel ajudou a controlar
a doença em ratos de laboratório.
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A
cascavel é famosa por ter um veneno poderoso, que pode até matar. Mas os
pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, descobriram que um dos
componentes do veneno pode também ajudar a curar o câncer de pele.
A
substância é uma toxina, chamada crotamina. É ela que faz o animal picado pela
cobra ficar paralisado.
A
toxina entra rápido nas células. E, em testes de laboratório com camondongos,
os pesquisadores perceberam que a crotamina prefere as células que se dividem
rápido, como as do melanoma - conhecido como câncer de pele.
"
A melanoma é porque é um câncer que cresce muito rápido, um câncer muito
agressivo e um câncer que produz bastante metástase", diz Irina Kerkis,
diretora do Laboratório de Genética do Instituto Butantan.
Através
das imagens feitas com microscópio (vide video), as manchas de cor mais forte
são as células onde a crotamina entrou. Todas elas são cancerígenas.
A
toxina do veneno da cascavel também mata as células cancerígenas. Por enquanto,
a pesquisa está na fase de testes. Os camondongos que tem câncer de pele e
receberam o tratamento com a toxina durante 21 dias sobreviveram. Os outros,
sem tratamento, morreram. depois de mais 40 dias de observação, os camundongos
tratados ou tiveram uma redução drástica do tumor ou ficaram curados.
"A
crotamina, ela praticamente contorna todos os problemas que surjam quando se
trata do desenvolvimento de uma droga anti-cancerígena", afirma a
diretora.
Os
resultados são tão bons, que os pesquisadores já começaram a investigar o
tratamento com a toxina em outros tipos de câncer, mais agressivos, como o de
mama e o de pulmão. A crotamina quase não dá alergia e não afeta as células
normais do organismo.
Os
pesquisadores já estudam a possibilidade de criar esta toxina de forma sintética,
ou seja, fazer em laboratório. Se eles conseguirem, não vai ser mais necessário
usar o veneno da cascavel.
Um
outro animal peçonhento também está na mira dos pesquisadores do Instituto
Butantã. À partir da glândula que produz a saliva do carrapato, eles
desenvolveram em laboratório a Amblyomin-x, uma proteína que mata células
cancerígenas. A pesquisa também está na fase de testes em animais.
Maiores informações: g1.com.
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